domingo, 9 de junho de 2013

“Quanto tempo mais durará esse acúmulo de palavras não ditas? De diálogos pensados e divididos unicamente com meu travesseiro?
Eu sempre vou dormir pensando em você. Acordo exatamente do mesmo jeito. Imaginando como serão as próximas vezes que nos encontraremos, o que vou dizer, como vou agir, até como vou te olhar. Tenho vontade de te falar sobre o seu cheiro, os seus olhos, vontade de falar o quanto eu te acho lindo, e o jeito que você sorri, que me encanta... coisas assim. Mas nunca falo. É que você me trava e me deixa assim, com essa cara, abobalhada e derretida, você não sabe o quanto tudo fica extremamente bagunçado e feliz quando você passa levando com você até o meu último fio de cabelo.
E logo eu, que sou tão minha, deixo você me levar assim.
Logo eu, que amo a liberdade como a única companheira que sempre tive, escolho prender-me a você. E você nem sabe.
São palavras, gestos, pequenos atos que vão se acumulando em mim esperando que um milagre aconteça e você perceba que SIM, podemos fazer isso dar certo. São baús e mais baús de histórias vivendo dentro de mim, esperando única e exclusivamente o seu sim para fazer de todo esse sonho real. E que não seja apenas um sonho! Porque se for, não sei se hei de querer acordar. Talvez, algum dia, tenha coragem de abrir todos esses baús com você, mostrar-lhe o que há aqui dentro e ninguém consegue ver. Talvez algum dia conseguirei pensar em nós sem me questionar se conosco essa palavra realmente existe... “Nós”. Talvez algum dia, deixarei de carregar o peso das palavras nunca ditas, porque nunca é tempo demais.“ Por Alenna Lílian e Jú Neris

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