terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Querido Papai Noel...

Talvez eu esteja velha demais para escrever esse tipo de carta, talvez utilizar-me desse argumento seja só uma desculpa para não escrever, mas certa vez li que se você acredita em anjos, eles existem. Eu escolho acreditar.
Não vou pedir celulares ou computadores, também não estou aqui para gritar aos quatro ventos como o Natal perdeu completamente o seu sentido e foi vendido às multinacionacionais a preço de banana. Não vou falar de como a mídia se utiliza de subterfúgios para definir o perfil do Natal perfeito, massificando até mesmo esse feriado, para muitos, sagrado. Não vim dizer nada disso ou pedir o fim do capitalismo ou mesmo dizer que, com essa barba, o senhor fica a cara do Karl Marx.
Venho por meio desta pedir que as pessoas percebam umas às outras e notem a sua capacidade de amar ao menos durante esse dia. Se cada luzinha que penduramos em nossas casas, por menor que seja, representasse o sonho de alguém, o singelo pedido feito na noite escura; se cada luz fosse um sinal de esperança frente ao ano que termina e o outro que começa; se cada um reconhece no outro a capacidade de acreditar num futuro melhor e nesses últimos dias do ano se põe a pensar sobre os erros e acertos ao longo dele e começa a ter fé, então tudo isso vale a pena. Não há apenas o lado comercial como muitos gostam de pregar, porque as pessoas não são mercadorias. Às vezes, as pessoas muito se apegam às mazelas do mundo e se esquecem que cada um tem a sua responsabilidade sobre elas, se esquecem que as críticas são importantes, mas se elas não deixarem de ser apenas discursos para se tornarem ações, jamais terão qualquer efeito.
Sim, eu acredito no Natal, mas não por ser Natal, mas porque acredito na capacidade humana de humanamente amar. Então, bom velhinho, é isso que peço: que as pessoas reconheçam em si essa capacidade.

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