sábado, 7 de dezembro de 2013

Quando uma estrela sai da Terra e vai para o céu, passo a olhá-lo a noite esperando reconhecer nele o novo brilho. Apoio-me na janela esperando, assim, conseguir estar um pouco mais próxima dessa nova estrela que mudou de casa para vislumbrar novos horizontes.
Quando uma estrela sai da Terra e vai para o céu, tento desenhar mentalmente os seus traços, pois a tamanha distância não consigo distingui-los daqui, e espero que outros façam o mesmo, porque, caso eu esqueça, alguém irá lembrar.
Quando uma estrela sai da Terra e vai para o céu, inicialmente não acredito e espero que tenha sido engano, erro, mas não... essas estrelas são dinâmicas demais para se permitir ficar em um único lugar. Elas querem que seu brilho invada o universo e permita que olhos no escuro descubram, em si, a capacidade de enxergar e possam ver o que antes era oculto.
Quando uma estrela sai da Terra e vai para o céu, pergunto-me indignada o que haveria de tão bom nesse céu para que a estrela não ficasse aqui conosco só mais um pouquinho... não parece pedir muito, então porque ela haveria de ir? A resposta vem em forma de silêncio e fé.
Quando uma estrela sai da Terra e vai para o céu, fecho os olhos e não esqueço, pois lembrar é fazer justiça.

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