quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Era uma vez...

Era uma vez um ser humano chamado X. O que você precisa saber sobre ele? Nada. Ninguém tem o direito de se meter na sua vida. Ele vive, seu coração bate, ele ama, ele sofre, ele paga suas contas, ele chora, ele olha para os dois lados da rua antes de atravessar, ele morde o bocal da caneta, ele sente dor e sangra muitas vezes, ele xinga o governo, ele sabe das desigualdades sociais, ele se indigna, ele cala e fala quando preciso, ele sente medo... mas segue em frente. Um dia ele irá morrer e talvez sim, talvez não, seu nome será lembrado ou esquecido, contudo não importa, o que importa é que ele viveu.
Ele é ateu? Ele é cristão? É muçulmano ortodoxo? Candomblecista ou budista? Ele é heterossexual? Ele é homoafetivo? Ele é soro positivo? Ele é...? Ser ou não ser eis a questão? Não. Chega de rótulos vãos que limitam muito mais do que definem. Ele é humano e como tal deveria ser tratado. Mas sempre há um "Mas". Ele não é.
X só quer viver e ser feliz, de resto, será que importa mesmo sabermos? Creio que não.
Então, que tal deixarmos o menino jogar? Espero que ele nunca precise pedir permissão para viver sua singularidade e exercer sua identidade, seja ele quem for.

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