sábado, 20 de abril de 2013

Sentimentos...


Sua morada me é desconhecida, assim como controlá-los. Alguns dizem que habitam o peito, do lado esquerdo para usar de um pouco de precisão, outros creem ser apenas parte do cérebro... só mais uma arma utilizada pela Razão. Não me importa muito, mas dói quando vejo esses pássaros presos, contidos pelas convenções de uma sociedade, pela censura de outras pessoas...
 Pássaros são definidos por sua capacidade de voar, deveriam estar livres. Esses pássaros chamados sentimentos deveriam fazer parte da nossa vida, não serem mantidos trancados em cativeiros por nós mesmos. Justo nós... os que sentem, que deveríamos protegê-los, torná-los parte integrante do que nós somos e não tornamos.
 Por que aprisioná-los? Já que possuem asas, por que não os permitimos voar? Para que mantermos esses mesmos pássaros em diminutos ninhos, apodrecidos, apertados e cheios de solidão? Pássaros que levam consigo a habilidade de amar e espalhar esse sentimento tão bonito. É de nosso dever libertá-los e não simplesmente, ao mesmo tempo que os prendemos, deixá-los a mercê de tanta barbaridade que nos cega e nos afasta do sentimento mais maravilhoso que existe. 
Se permitir amar, é se permitir crescer. Por mais descrentes que esses pássaros estejam, por mais bagunçadas que estejam suas moradias, jamais deixe de acreditar que há de surgir sempre uma oportunidade. Libertem seus pássaros, abram as portas de suas moradias e entreguem-se, transformem seus pássaros em fênix e ressurjam após as decepções e sofrimentos. Porque sentir faz parte do que nós somos e amar é a forma mais prática de buscar a perfeição, devemos então, como diria Drummont, humanamente amar e libertar aquilo que nós temos de melhor.

Por Jú Neris (www.apenasminhasrazoes.blogspot.com e www.carosestranhos.blogspot.com) e Maurício Smith Freire( http://msmithquerunia.blogspot.com.br/ )

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