E cá estou eu, fazendo uma análise do que seria uma carta de amor tal como um pesquisador faria um estudo sociológico e não escrevo a minha. Devo estar me tornando uma daquelas pessoas frias, que arrombam as janelas de corações alheios só para remexer o que está dentro deles pelo puro prazer de poder fazer isso. Ou meu amor por quem, em minha vida, merece uma carta de amor é simplesmente tão grande que enquanto escrevo uma carta sobre cartas de amor percebo a sua irrelevância, pois o quanto admiro, amo e respeito o meu alguém não pode ser ditado em simples palavras num papel tosco (quanto mais em uma tela de computador).
Se já escrevi cartas de amor? Algumas. Todas bastante bizarras por sinal, mas eram cartas de amor.
Provas cabais -algumas nem tanto- de que amei e vivi o suficiente para poder escrever uma doce carta de amor.
Todas as cartas de amor são tolas de alguma forma, mas quem tem medo de ser tolo, ainda tem muito o que aprender sobre o amor.
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