quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Confissões

Conheci o amor da minha vida aos 16 anos, uma idade na qual nem sabia o que significa realmente ser o "Amor da Vida" de alguém. Num belo dia, uma segunda-feira qualquer e triste, ouvi o som de uma porta se abrindo -seria a do meu coração? - e lhe vi entrando pela primeira vez na minha vida. Sentou na minha frente e pude observá-lo numa expressão muda de sentimentos positivos e espanto. Dias depois veio uma dança que mudaria nossas vidas... semanas depois veio o "Eu te amo", que contrariando todas as minhas regras internas, deixei escapar por entre esses lábios. Mas o coração não obedece regras impostas tão friamente e me joguei de cabeça sem saber a profundidade do seu ser, pronta para me afogar, se preciso fosse. Me afogar em você.
Tivemos medo juntos, choramos, rezamos, demos risadas, por vezes gritamos um com o outro, brigamos... mas, ao contrário de tantos outros que já tinham passado em nossas vidas, algo de você sempre ficava em mim e vice-versa, então voltávamos, porque ir embora era como deixar parte de si mesmo. E "até quem me vê lendo jornal na fila do pão sabe que te encontrei" e me perdi em você para, então, me encontrar em mim.
Conheci o amor da minha vida aos 16 anos, e aos 90 ainda trarei-o junto ao meu coração, ainda que outros amores de tantas vidas apareçam. Por quê? Porque esse amor me mudou, me mostrou quem sou e, sobretudo, quem quero ser. Me provou que podemos ter inúmeros amores de inúmeras formas diferentes e é isso que importa... Amar!
Esse é o amor que jamais me deixa sozinha, amor que encosto a cabeça no peito só para ouvir o coração bater, pelo simples motivo de que esse singelo som me faz feliz. Amor que não abandona, que não vai embora, que faz morada no peito alheio e mesmo estando longe, faz-se presente em cada pensamento. Amor... puramente amor...
Conheci o amor da minha vida aos 16 anos e, se me fosse permitida a escolha, passaria o resto da eternidade ao seu lado.


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