terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Quase todas as feridas saram. A depender do tempo, da coragem, da vontade, da sorte, das guinadas que a vida dá, a depender da profundidade. Quase todas as feridas saram, mas todas deixam as suas cicatrizes, perceptíveis ou não. Eu cá também tenho os meus remendos. Feridas que entre trancos e barrancos consegui curar, mas deixaram marcas tão profundas quanto o próprio corte. Trago-as bem ou mal expostas em cada olhar, cada sorriso, cada passo. Sempre há as que exponho com certo orgulho, há as que tento esconder ou maquiar devido a profundidade e dor que ainda apresentam. Mas cada uma é parte do que sou no instante chamado "Agora".
E o mais importante de todas elas é que são a marca concreta de que sobrevivi. Apesar das penas, pesos e lembranças que carrego todos os dias. Apesar de mim. Sobrevivi. E é isso que elas representam: que um dia estive aqui

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