segunda-feira, 20 de maio de 2013

Reivindico o direito de indignar-me!

Aos meus caros estranhos...

Reivindico o direito de indignar-me! A violência em si já é absurda, incompreensível; mas, quando motivada pelo preconceito, é odiosa. Hoje estava com uma amiga na rua, abracei-a, porque ela estava TRISTE, foi o suficiente para que um indivíduo - pois me recuso a chamá-lo de "cidadão" ou "ser humano" - se achasse no direito de nos agredir verbalmente no meio da rua.
Sou hetero, não que isso realmente importe. Ser hetero não me faz melhor que ninguém, não me torna mais humana ou mais digna de respeito. Será que só pelo fato de ser gay, alguém merece ser subjugado? Ou crucificado? Ou mesmo considerado "filho do demônio"? Será que merece ser perseguido como os judeus na 2ª Guerra ou como os protestantes na Inquisição? Pois é, as pessoas esquecem seu passado histórico muito rapidamente, a fim de odiar no presente quem é diferente como eles um dia foram. Muitos evangélicos que hoje praticam tal insulto à sociedade que é a homofobia, esqueceram a dor de não poder professar a própria religião. Também esqueceram de "amar o próximo como a ti mesmo". Julgam pessoas que querem apenas poder buscar a si mesmas e a própria felicidade como qualquer outro como se fossem doentes precisando de cura.
Apontar o dedo para o que é diferente e julgar a partir de conceitos, ou melhor, pré-conceitos mal conhecendo a verdadeira realidade da situação é muito fácil. Quero ver se colocar na pele do outro, procurar entender e permiti-lo usufruir da liberdade que todos merecemos! Aí está a parte difícil.
Será que alguém crê que outra pessoa QUIS ser homoafetivo? Será que alguém realmente acredita que é uma opção ser algo que provavelmente trará dor, incompreensão e preconceito? Tenho amigos gays e sei que não é. Não é doença, não é algo a ser curado... são só pessoas buscando a própria felicidade.
Hoje eu pude sentir um pouco desse preconceito que antes me era desconhecido e dói saber que muitos outros ainda sofrem com ele.
Talvez eu não possa fazer nada para mudar isso, talvez esse seja só mais um texto, mas uma coisa é certa: não cometer tal preconceito e indignar-se com ele é o primeiro passo para que ele acabe.
Amor é amor e pronto, seja ele de homem com mulher ou não.

                                                 Da sua triste amiga, Jú

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