quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Aos meus caros estranhos... 
Tantas vezes tive que conter as lágrimas por me sentir só no mundo, por imaginar que nada nem ninguém ligaria se alguém como eu (uma estranha no paraíso) sumisse sem deixar vestígios. Será que alguém me procuraria? Será que dariam conta da minha ausência? Quem lembraria ou choraria depois da minha partida? Impossível saber. E assim percorri o mundo, andarilha, buscando conhecer novos corações, ajudá-los se preciso e partir, quando eles já estivessem fortes para seguir sozinhos. Dona de um Coração Clandestino, aquele que percorre o caminho pelo acostamento para socorrer os feridos e ir embora sem deixar rastros, assim ninguém sofreria, não haveria apego e para sempre o jovem coração alheio se lembraria da sombra que em um dia de desespero ajudou-lhe. Dona de um Coração Clandestino, aquele que se vê feliz frente a felicidade, roubando parte dela para si, guardando lembranças durante a eternidade. Assim, continuarei a conter as lágrimas, pois elas são muito pequenas frente a toda a beleza do mundo.
                           Da sua amiga, Sophie 

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