Aos meus caros estranhos...

há algo de belo no meio termo. Ele é o encontro perfeito entre o céu e o mar, no qual não conseguimos mais determinar quem é quem, é o encontro de extremos. Do branco e do preto. De dois opostos que nem sempre se atraem, mas convivem em equilíbrio. O ser humano também tem os seus opostos, que, como dois lobos, se enfrentam em uma dança quase harmônica, ritmada e contínua, mas nele também há algo mais. Há o cinza. Nem sempre bom ou perfeito, nem sempre mal e cruel, apenas cinza, apenas humano. É isso que somos, cinzas vivas e mais tarde mortas, embora nossa real tonalidade dependa do lobo que alimentamos mais... Da sua amiga, Sophie.