segunda-feira, 30 de abril de 2012

As outras pessoas olham para ele e veem apenas um casaco fora de moda ou um cabelo despenteado. As pessoas escutam sua voz como se ela fosse apenas um conjunto de sons emitidos pela passagem do ar nas cordas vocais. Olham em seus olhos e veem apenas cor de lama suja, então olham para mim com a pergunta subentendida: "O que diabos você vê nele?". Elas só não entendem que ele não precisa passar três séculos na frente do espelho para ficar bonito, porque sua beleza vem de dentro. Elas não percebem o quanto seus olhos brilham quando ele sorri e quando vê outros sorrirem. Elas não sabem que quando ouço sua voz meu coração dispara como se tentasse, contra todas as possibilidades, sussurrar um simples "Eu te amo".
O amor não foi feito para ser explicado. Ele foi feito para ser sentido.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

"A desumanidade desenfreada de homem contra homem era uma obscenidade, sendo essa obscenidade uma responsabilidade privada de cada pessoa. Como então, era esse o significado da palavra guerra(...). Trata-se de um pesadelo infinitamente mais terrível, do qual o despertar não seria gratificante" Os catadores de conchas.

Meus caros estranhos... tenho aprendido até onde a desumanidade humana pode chegar, percebi que o ser humano não está destruindo "apenas" o planeta, mas também a si próprio. Antes eu acreditava na bondade humana acima de qualquer coisa e pensava que os outros enxergavam o mundo da mesma forma, mas estava enganada. Aparentemente as pessoas pararam de entender a imensidão da vida e o quanto ela é maravilhosa. Por algum motivo, nós, 7 bilhões de outros, que habitamos esse planeta agora, somos como pessoas que habitam a mesma casa e mal se conhecem e (pior!) estamos tão preocupados em tornar nossa estadia aqui a melhor possível que esquecemos que outras pessoas também moram aqui e merecem respeito, amor, compreensão e boas condições de vida TAMBÉM. Não somos únicos no universo para pensar que ele é todo nosso para fazermos o que bem entendermos e ele não gira em torno de nós, quando eu e você desaparecermos daqui ele continuará como se nada tivesse acontecido.
Então, por favor, não façam da sua vida em vão, porque assim vocês matam qualquer perspectiva de um mundo melhor. Não matem a esperança, pois as vezes ela é a única que resta.
Agora, por mais que me chamem de utópica, eu ainda acredito na bondade humana, contudo de uma forma diferente. Ela tem de partir primeiro de mim, para então vir dos outros, por isso hoje não sou a melhor pessoa do mundo, mas sigo tentando fazer dele um mundo melhor.

Da sua amiga, Sophie

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Vivendo e aprendendo... literalmente

Meus caros estranhos... Com o tempo aprende-se algumas coisas. Aprende-se que a vida é curta demais para cometermos sempre os mesmos erros do passado e que cada pessoa é única quando habita o coração de alguém. Com o tempo descobrimos que os amigos, os amores, os momentos são passageiros, mas quando marcam passam a fazer parte de quem você é. Descobrimos também o quanto dói sofrer por amor, contudo sempre o pior dos sofrimentos é nunca ter amado. As escolhas que você faz são suas e apenas suas, e a felicidade gerada ou não por elas são de sua responsabilidade. Você é responsável por sua vida, haja como tal.

De sua amiga Sophie

domingo, 22 de abril de 2012

Aos últimos românticos

Não cantarei amores impossíveis
Ou as dores que se carrega um coração
sempre apaixonado

Cantarei outras dores
E a falta de outros amores

Cantarei sobre as crianças (frágeis, esquálidas)
Que morrem sem amor, abortadas,
Antes de virem ao mundo viver.

Cantarei sobre os olhares severos,
Sepultando a doce ternura
Que aos poucos há de morrer.

Chorarei cada lágrima derramada
Por aqueles que sofrem sem amparo algum
Sem o tido ombro amigo,
Sem o repeito devido
A tudo aquilo que se tem de bom.

Odiarei a Razão
Que tornou o milagre ser humano
Negociável, matematizado, mensurável, censurável,
Produto barato de exportação.

Gritarei por cada palavra perdida,
Que deveria ter sido dita,
Mas não foi.

E cantarei sobre a esperança,
Pois a ela cabe a função de manter acordados
Os corações viajeiros, descontentes, inconformados,
Transformadores de mundo
Românticos apaixonados (pela vida)